Iguatu não precisa de uma mãe. Já temos todas as que precisamos.

 

25/08/2012 às 07h11min
“Quem a boca do meu filho beija, a minha adoça.”
Amor de mãe é incondicional, por que mãe simplesmente ama e ponto final. Caros amigos e amigas e especialmente queridas mamães de Iguatu. Nesta eleição estamos vendo conceitos tidos como sagrados serem revistos ou reformados sem nenhum pudor ou respeito. Agora amor de mãe é condicional. Sim, por que para você “receber um tratamento de mãe ou mãezinha” precisa antes fazer algo, como por exemplo, dar-lhe o voto.

Até onde eu sei e vejo, o amor incondicional de uma mãe pelo seu filho ultrapassa todo e qualquer situação, sentimento ou perigo, pois uma mãe é capaz de dar sua vida pelo seu filho e amá-lo independente de quem quer que ele seja ou faça.

Condicionar um amor de mãe a um voto ou a uma escolha não é amor incondicional, é uma ilação que beira o canto das sereias que, para nada mais servia, do que atrair marinheiros carentes para serem afogados por estes seres mitológicos.

Ao assumir uma condição de ‘mãe’ de uma população, ocorre outro fato: colocam-se as verdadeiras mães do nosso povo numa condição semelhante e por vezes até inferior, pois esquecem que as verdadeiras mães são aquelas que trocaram nossas fraldas, sofreram com nossas febres, dormiram em hospitais em busca de atendimento, carregaram-nos no colo, nos deram de mamar e de comer na boca.

Não, amigos, as mães de Iguatu são muito poderosas e são únicas.

Outra situação coloca este novo conceito de ‘mãe do povo’ numa categoria de exclusivismo e por que não dizer de até um fisiologismo antecipado ao prometer um amor incondicional que tudo permite e aceita, mesmo punindo e não concordando. O papel de mãe jamais pode ser reivindicado em uma eleição sem que antes elas, as mães tenham reconhecido isso. Colocar numa situação exclusiva e condicional só mostra que tipos de gestão terão, pois obedecemos cegamente às nossas mães e pelo ritmo do andor será assim que poderá ser.

Há mães que não tem um marido que as ajude a criar seus filhos e muitas guerreiras aqui da nossa cidade assim o fizeram – foram pai e mãe. Mas a maioria está casada e ao lado possuem um companheiro, um pai ou um padrasto que ajuda a criar os seus filhos e por vezes o de outros casamentos que não deram certo, infelizmente. Acontece que esta condicional de dar ‘amor de mãe em troca de um sufrágio’ torna-se pior ao sabermos que tipo de pai terá a nossa população.

Os propósitos de oferecer ‘amor de mãe’, mesmo que ainda mediante uma condição, torna-se perigosamente dolorido ao saber-se que o que está por trás desta mãe não fará o papel de pai, mas o papel de um senhor de engenho, onde primeiro os seus e depois, se sobrar, se der e se ele lembrar virá os nossos.

Não acredito e não aceito esta postura e exijo o respeito às mães poderosas de Iguatu, pois na minha visão todas são assim.

Iguatu não precisa de uma mãe por que tem todas de que precisa e elas são maravilhosas. Em vez de atribuir-se a condição de mãezinha do povo deveria ter sido adotada a máxima popular que é amada por todas as mães – a de que “quem beija a boca do meu filho a minha adoça”.

É neste sentido que deveria ser, por que é assim que as mães gostam e entendem. Por isso eu, Murilo Braga, desejo fazer pelos filhos das nossas amadas mãezinhas o máximo que eu puder para que elas possam criá-los com mais tranquilidade sabendo que terão saúde 24 horas por dia, educação de qualidade, moradia, empregos bons e de futuro e um lugar que seus filhos possam se orgulhar, preservar e deixar para seus filhos ou netos.
O princípio de fazer mais pelos nossos filhos é sim um conceito de quem enxerga numa população um futuro brilhante e, feita a nossa parte, como prefeito de uma cidade – como diz o ditado – de “beijar a boca de um filho e adoçar a de uma mãe”, estará estabelecida a mais perfeita expressão de uma ação que tem por função apenas criar as condições favoráveis para que nossas mães possam criar nossos filhos e nossas avós possam ver que brilhante trabalho nossas mãezinhas fizeram.

Iguatu não precisa de uma mãe, pois temos as mais guerreiras e dedicadas de todas – as que nos tem amor incondicional. Iguatu só precisa de amor, carinho e atenção para com o povo e tendo esta opção, Iguatu terá, através de nossas mães, de diversos nomes, cores e credos, a verdadeira condição para que elas sempre tenham voz e vez.

Dedico este manifesto à minha mãe que me dedica sempre seu amor incondicional e à minha mulher pela mãe exemplar que é para os meus filhos e a todas as queridas e guerreiras mães de Iguatu que nos ajudam a perpetuar o conceito milenar da Sagrada Família.

Iguatu não precisa de uma mãe – pois já temos todas as que precisamos. Iguatu precisa é de amor, carinho e atenção e é assim que tem que ser.

Murilo Braga, filho da Dona Cleomar Andrade.

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